O grande poeta Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage nasceu aqui em Setúbal, dia 15 de Setembro de 1765. Era descendente de gente da admirável região da Normandia.
Bocage era de uma família numerosa de seis filhos.
Seu pai era advogado, o influenciou e ele se despertou no interesse e estudo de várias línguas (francês, latim, italiano). Um poeta sempre inquieto, aventureiro, polêmico, e boêmio.
Na infância, passou por momentos difíceis. Seu pai preso e ficou órfão de mãe, aos 10 anos.
Fez carreira militar no exército e na marinha portuguesa, o que lhe permitiu viajar e conhecer boa parte do mundo.
Como bom português quis conhecer o mundo. Foi ao Brasil, África, China e, Índia. Uma parcela do que restou do fabuloso Império das grandes navegações portuguesas.
Em 1790, retornou à Lisboa, 35 anos após o terrível terremoto, incêndio e tsunami de 1755.
Era uma época de reconstrução com Márquez de Pombal e o maior ciclo de ouro da história do nosso planeta.
Frequentou as Arcádias, e outras associações literárias tendo aderido à "Academia das Belas Letras", também chamada de “Nova Arcádia". Foi um período de muita riqueza. Conhecido mundialmente, foi um dos mais influentes poetas portugueses. Usou o pseudônimo Elmano Sadino.
Foi perseguido e preso pela famigerada Inquisição Católica. Não poderia ter concordado com aquelas atitudes atrasadas e nefastas.
A Igreja e o poder clerical não gostaram da crítica sincera. Os seus poemas têm um humor irônico e anedótico. Sua obra mais famosa é “Queixumes do pastor Elmano contra a falsidade da pastora Urselina.”
Faleceu em Lisboa, dia 21 de Dezembro de 1805, de um aneurisma da aorta.
Algumas frases de *Bocage*
- “Triste quem ama, cego quem se fia.”
- “Nas paixões a razão nos desampara.”
—“Amores vêm e vão, mas o verdadeiro amor nunca sai do coração.”
-“ Morrer é pouco, é fácil; mas ter vida delirando de amor, sem fruto ardendo, é padecer mil mortes, mil infernos.”
-“ Triste quem ama, cego quem se fia.”
- “Cantando a vida, como o cisne a morte.”
- “Os amantes são assim: Todos fogem à razão.”
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