Com o Rodeio, Luan já se tornou o prefeito que mais gastou com festas em um único ano
- Dionatan Resende
- 28 de set.
- 2 min de leitura

Com um gasto superior a R$ 1 milhão apenas com o Rodeio — e ainda sem contabilizar o Réveillon — o prefeito Luan já se tornou o gestor que mais destinou recursos para festas em um único ano. No gráfico à seguir, apresento a evolução dos gastos com as principais festividades da cidade.

Apesar do caráter mais técnico da análise, ela revela a necessidade de um estudo oficial, seja pelo Executivo ou pelo Legislativo, para que a população tenha acesso a dados mais claros sobre os gastos.
Diante dessa falta de clareza, concentrei a análise nas festividades de maior relevância: Carnaval, Tributo ao Rock, Festival de Inverno, Festival da Rapadura/Rodeio e Réveillon. Minha referência foi a palavra-chave no Portal da Transparência.
O gráfico demonstra que o Festival de Inverno se estabilizou como a principal festividade da cidade, com gastos médios de aproximadamente R$ 1,5 milhão. Já o Festival da Rapadura, que se transformou em Rodeio, apresenta forte crescimento e caminha para assumir o posto de evento mais oneroso aos cofres públicos.

Mas como avaliar o impacto real desses gastos nas contas municipais? Uma abordagem objetiva é relacioná-los à Receita Corrente Líquida (RCL), que reflete a capacidade efetiva de arrecadação do município. Minha análise, baseada em dados fiscais disponíveis e modelada a partir de indicadores da literatura técnica sobre gestão pública (como estudos do IBGE e TCE-MG, que apontam uma média nacional de cerca de 1% da RCL para despesas culturais), revela um crescimento acelerado dessa proporção desde 2019. Considerando faixas de referência adaptadas — abaixo de 1% (classificado como "Conservador"), entre 1% e 2% ("Moderado") e acima de 4% ("Elevado") —, a cidade transitou de um patamar moderado em 2019 para a faixa de risco elevado a partir de 2023, com as festividades consumindo até 4.5% da RCL em projeções para 2025(visto que ainda não foi contabilizado o réveillon).



A mais de um ano, vice prefeito criticava os aumentos do subsidio

O então a época candidato a prefeito criticava publicamente o aumento dos subsídios em votação pelo Legislativo. Na ocasião, o atual vice-prefeito, Geraldo, alertava em plenário:
“E quanto dessa arrecadação é advinda do governo federal, de fundos de participação? Cerca de 76%, quase 80%. Qual é a receita operacional da cidade? Aquilo que vem de impostos, da atividade produtiva, do trabalho das empresas e indústrias locais? Pouco mais de 23, 24%. Então nós, cidades menores, vivemos quase que exclusivamente de auxílio emergencial. Se essa torneira fechar, não vamos conseguir pagar salários, nem manter a máquina pública funcionando.”
“Eu não posso aumentar a despesa se eu não souber que vou ter arrecadação suficiente. Senão a gente vai incorrer num dos pilares da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é o equilíbrio fiscal. (..)
(...)E nós não podemos incutir e acabar caindo na lei de responsabilidade fiscal em desequilíbrio fiscal, porque a gente já não tem receita, já não tem arrecadação suficiente.”
A prefeitura, parece aquele pai de família,que primeiro passa no boteco e gasta o dinheiro do salário, depois leva o resto que sobrou para a família, que então,passa por necessidades básicas!