De acordo com a agência oficial de notícias do Governo de Minas Gerais, a “Agência Minas”, o governo estadual fechou o ano de 2022 com um superávit orçamentário de R$ 2,2 bilhões, o que, segundo o comunicado oficial do governo, representa um avanço na prestação de serviços e investimentos para a população. A administração estadual atribui esse resultado positivo à gestão financeira eficiente e aos cortes de gastos desnecessários.
Os resultados foram publicados no Diário Oficial do Estado nesta semana e constam no Relatório de Gestão Fiscal (RGF) e no Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO). A fim de detalharem os números e os impactos para o estado, o governador Romeu Zema, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto; o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, e o controlador-geral do Estado, Rodrigo Fontenelle, convocaram os jornalistas para uma coletiva.
Na ocasião, o governador enfatizou a importância do superávit anunciado:
“Só alcançamos esse resultado porque fizemos uma gestão de verdade. Com respeito aos recursos públicos, sem mordomias, e buscando aumentar arrecadação com atração de investimentos. Não fizemos nenhum aumento de imposto, concedemos reajuste ao funcionalismo e melhoramos os serviços públicos que é a principal missão do Estado. Só com compromisso fiscal é possível termos recursos disponíveis para ações que melhorem a vida do mineiro”, destaca o governador de Minas, Romeu Zema.
Equilíbrio orçamentário
A secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, enfatizou que tanto o aumento expressivo dos investimentos em Saúde e Educação quanto o acerto de débitos com municípios e pendências com o funcionalismo público estão entre os avanços registrados no período, paralelamente às ações para a regularização das contas.
“Com a melhora no panorama fiscal, são projetadas novas perspectivas, como a abertura de 40 mil novas vagas para o programa Trilhas de Futuro, reforço no investimento na Saúde, como o Opera Mais Minas Gerais, voltado para zerar a fila de cirurgia eletivas, contratação de 10 mil novos policiais nos próximos quatros anos e o avanço do Programa Provias na recuperação das estradas de Minas”, elencou.
Contraponto
O colunista do jornal O Tempo, Luiz Tito, contesta essa afirmação, classificando-a como uma mentira. Segundo ele, a realidade é bem diferente e os cortes foram feitos em áreas essenciais como saúde e educação, prejudicando a população. Além disso, Tito afirma que o superávit foi obtido por meio de medidas temporárias e não reflete uma gestão financeira realmente eficiente.
Em sua coluna, publicada no dia após a divulgação do superavit pelo Governo de Minas, o jornalista usa tons fortes e descredibiliza a gestão do governador Romeu Zema. Na opinião de Tito, o superávit trata-se, na verdade, de uma pedalada fiscal ou uma espécie de maquiagem contábil.
“Os números revelados com entusiasmo pelo Governador Romeu Zema, junto com seus secretários de Planejamento e de Fazenda talvez tenham o mesmo critério técnico da contabilidade das Lojas Americanas, organização recentemente exposta à recuperação judicial, que tem dinheiro em caixa, mas não paga seus credores. Esse é o perfil do superávit de Minas Gerais, que tem dinheiro engrossando as contas em bancos, mas tem restos a pagar de R$ 20,46 bilhões. Um déficit de R$ 11,7 bilhões já havia sido previsto, mas o Governo insiste em mentir sobre sua real situação, inclusive de sua dívida de R$ 156 bilhões”, pontuou.
Com informações da Agência Minas e trechos citados da Coluna de Luiz Tito no Jornal O Tempo.
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· Link da matéria do Agência oficial do governo mineiro sobre o superávit: https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/minas-fecha-2022-com-superavit-orcamentario-de-r-2-2-bilhoes-e-perspectiva-de-mais-avancos-na-prestacao-de-servicos-e-investimentos
· Link da coluna de Luiz Tito, no jornal O Tempo, na qual o jornalista qualifica-o como “mentiroso”: https://www.otempo.com.br/opiniao/luiz-tito/mentiroso-superavit-1.2807035
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