Decolores: temos um novo Papa e ele é cursilhista!
- Bruno Coutinho
- 11 de mai.
- 3 min de leitura

Me chamo Bruno, sou advogado e vereador por Itaguara, cidade do interior de Minas, onde nasci, cresci e aprendi sobre os valores da fé e da nossa Igreja Católica. E é com o coração cheio de entusiasmo que escrevo este texto, alegre em testemunhar o início do pontificado de Robert Prevost, o Papa Leão XIV.
Católico, sou cursilhista. Assim como o nosso mais recente Pontífice. A notícia de que o novo Vigário de Cristo é também um cursilhista ressoa profundamente em nós, do Movimento de Cursilhos de Cristandade. Saber que o carisma do nosso movimento preenche o coração daquele que hoje assume a missão de Pedro é motivo de grande felicidade.
A espiritualidade do Cursilho, centrada na vivência do Evangelho em comunidade, no compromisso com a missão e na alegria de anunciar Cristo, encontra agora expressão concreta na figura do Papa Leão XIV. O pontificado do novo líder da Igreja, preenchido pelo carisma do Movimento, pode ser marcado por uma pastoral comprometida com os ambientes mais necessitados do Evangelho, com acolhimento das realidades diversas e com foco na ação prática evangelizadora.

Durante seu episcopado em Chiclayo, no norte do Peru, o então bispo Robert Prevost desempenhou um ministério pastoral enraizado no contato direto com o povo. Em uma região marcada por desafios sociais e econômicos, sua presença foi sinal de esperança e renovação para as comunidades simples. Foi ali, no calor missionário do povo peruano, que Dom Robert teve uma participação efetiva no Movimento de Cursilhos de Cristandade, fortalecendo laços com fiéis engajados e animando a vivência do Evangelho nos ambientes.
Sua atuação pastoral em Chiclayo foi marcada por proximidade, escuta e presença nas realidades do povo. O Cursilho, com seu carisma de evangelização pautada na amizade e no testemunho, encontrou em Robert não apenas um participante, mas uma presença viva de compromisso com a prática do Evangelho. Sua experiência evangelizadora no Peru reflete a Igreja em saída, próxima, alegre e missionária, traços que agora, como Papa Leão XIV, despontam como sinais promissores para todo o povo de Deus.

Essas são marcas que já ressoavam no coração da Igreja por meio do Papa Francisco. A proximidade e a atenção com os mais simples e excluídos foram pilares de seu pontificado, e neste momento nos geram expectativa na missão que se inicia com Leão XIV. No discurso que marcou o início de seu pontificado, o novo Papa fez questão de exaltar o papado de Francisco, sinalizando continuidade de uma Igreja aberta.
Além disso, Leão XIV carrega em sua espiritualidade a profunda marca de Santo Agostinho. Como frade agostiniano, bebeu da fonte de uma tradição rica em busca da verdade, interioridade e amor à comunidade. A espiritualidade agostiniana, centrada na inquietação do coração humano por Deus e na construção da unidade, aponta para um papado que valoriza o diálogo, a escuta e a reconciliação. Assim, espera-se uma liderança que promova a comunhão e aprofunde a fé a partir da experiência pessoal com Cristo e do compromisso com o próximo.
A escolha do nome Leão, o décimo quarto da história da Igreja, também não passa despercebida. Há nessa decisão um simbolismo de coragem e firmeza. Além de que sucede ao Papa Leão XIII, lembrado por sua abertura aos desafios do mundo moderno e pela forte contribuição à doutrina social da Igreja. Ao retomar esse nome, Leão XIV sinaliza um desejo de continuidade da missão de promover a justiça social, especialmente em tempos de extremos e diversidades, reafirmando o papel da Igreja como defensora dos pobres e vulneráveis.
Que o pontificado do Papa Leão XIV seja marcado pela missão de anunciar o Evangelho com coragem, sabedoria e proximidade com as realidades, guiando a Igreja com um coração comprometido e atento aos sinais do mundo contemporâneo. Continuando o legado deixado por Francisco, e inspirado pela espiritualidade do Cursilho, que valoriza a amizade, a evangelização e o compromisso com os ambientes, nosso mais novo Pontífice tem a missão de impulsionar a Igreja a ser uma presença viva e alegre entre os povos, levando Cristo ressuscitado a todo o seu povo.
Decolores! Viva a Vida!

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